Mais uma aventura realizada com uma BMW R1200R e uma BMW 1200GS em uma estrada que liga a cidade de Puerto Montt a Villa O´Higgins, na região Aysén da Patagônia Chilena, uma das regiões mais isoladas do Chile.
Dia 1- São Paulo- União da Vitória, BR
Após realizarmos as revisões das nossas motos, preparar os documentos e trocar o pneu apenas da minha, já que a GS do Oscar, programamos para trocar em Osorno, Chile, partimos para mais uma aventura, desta vez rumo à Carretera Austral.
Dia 2- São Borja, BR
Como já tinha comentado em outro post, quando fomos para Ushuaia, atravessamos para a Argentina por São Borja, Rio Grande do Sul, por trâmite ser rápido e muito tranquilo.
Dia 3 e 4- Santa Fé, AR
Em Santa Fé, ficamos duas noites. A intenção era ficar apenas uma, mas como tínhamos tempo suficiente e queríamos conhecer a cidade, que tem uma enorme fábrica de cerveja, e um restaurante ao lado dela, o famoso Pátio de la Cerveceria, resolvemos ficar mais um dia. Para quem quiser saber mais, escrevi um texto a respeito.
Dia 5- San Luis, AR
Passamos a virada do ano em San Luis, Argentina. Lotados, os restaurantes não aceitavam quem não tivesse reserva. Por pouco, não ficamos sem o jantar da virada do ano.
Dia 6- Malargüe, AR
Por ser uma cidade pequena, talvez por ser primeiro dia do ano, não achamos hospedagem barata fácil, e acabamos ficando em um hotel resort muito bom.
Dias 7 e 8- Concepción, CL
Neste dia, para aumentar as surpresas “emocionantes”, pegamos um vento muito forte na Ruta 40, fiquei surpresa porque achava que esta região não ocorria este fenômeno, por estar mais ao norte, e teríamos que enfrentar um pequeno trecho de rípio. Então, resolvemos seguir na direção de Talca, Chile. O desvio valeu a pena! A estrada é pavimentada e lindíssima. Atravessamos a fronteira no Paso Internacional de Pehuenche, e o tempo todo com uma paisagem espetacular. O trâmite de aduana também foi muito rápido e tranquilo.
Resolvemos pernoitar em Concepción, que inicialmente não estava nos planos e acabamos permanecendo duas noites. Aproveitando que a previsão era de muita chuva, decidimos parar para descansar e conhecer a cidade e a gastronomia local.
Dia 9- Osorno, CL
Por nosso próximo destino, Osorno, não ser tão longe, chegamos mais cedo do que esperávamos, e levamos a BMW 1200 GS do Oscar para realizar a troca de pneu na concessionária BMW Motoaventura Chile, que já tínhamos programado antes de sair de São Paulo.
Dia 10 – Puerto Montt, CL
O dia amanheceu chuvoso. Chegando em Puerto Varas, na região dos lagos andinos chilenos, a chuva deu uma pequena trégua. Mas, infelizmente a incrível paisagem do vulcão Osorno ficou escondida atrás das nuvens. Fomos dar volta de moto ao lado do lago, mas como a chuva voltou muito forte e já tínhamos conhecido a região em outra viagem de moto, em 2013, resolvemos seguir para Puerto Montt.
Finalmente a Carretera Austral, Ruta 7
Dia 11 – Hornopirén, CL
Saímos de Puerto Montt as 8:30, imaginando que iríamos enfrentar 2 ou 3 ferrys ao longo do dia, pois nessa parte da Carretera é necessário atravessar alguns golfos e as balsas são a única opção. Não havíamos decidido em que cidade dormir, tínhamos apenas noção do tempo que cada balsa iria gastar, e que a segunda travessia de barco demoraria aproximadamente 4 horas. Então, a dúvida seria se quando chegássemos em Hornopirén, pegaríamos os outros dois barcos no mesmo dia, ou não.
Até a primeira travessia, em Caleta La Arena, a estrada era toda asfaltada. Mas, após a primeira travessia da balsa, passando o vilarejo de Contao estrada era de terra, lamacenta por causa dos vários dias seguidos de chuva. Mas, felizmente, não era pegajosa ou escorregadia.
Chegamos em Hornopirén antes da saída da balsa, mas, depois de nos informar no local, concluímos que era melhor pegar a balsa no dia seguinte. Essa travessia iria demorar aproximadamente 4 horas, dependendo do vento. Se pegássemos neste mesmo dia, partiríamos somente depois do meio dia, tendo de pegar mais 10 km de ripio entre Leptepu e Fiordo Largo. Depois disso, pegaríamos a segunda balsa, com mais 58 km de ripio entre Caleta Gonzalo e Santa Barbara, próxima a Chaitén. Como não há vilarejos ou alojamento fácil no caminho até Chaitén, decidimos pernoitar em Hornopirén, para seguir a viagem tranquilamente, saindo mais cedo no dia seguinte.
Dia 12- Chaitén, CL
Pegamos a primeira balsa do dia, 10:30 h. Estava uma manhã linda, com a cidade de Hornopirén coberta por névoa.
A viagem de barco para Leptepu durou 3 horas e 50 minutos. Logo depois, enfrentamos 10 km de ripio no meio do mato.
A segunda balsa para Caleta Gonzalo foi uma travessia rápida, de uns 20 minutos, percebemos que nesse trecho, os portos das balsas, no meio do “quase nada”, são um dos poucos sinais de civilização.
É possível chegar em Chaitén no mesmo dia saindo bem cedo de Puerto Montt e tentar pegar o primeiro barco em Hornopirén.
Ou se pegasse o barco “da tarde” talvez conseguiria chegar ainda claro, porque esta época do ano, no verão, o dia escurece as 21:30 a 22:00 horas.
Chegamos em Chaitén à tarde. Fomos direto abastecer as motos. No posto, ficamos sabendo do local onde estavam organizando a distribuição da passagem da embarcação que iria nos levar a um outro porto, em outro local ainda mais remoto. Esta embarcação era providenciada pelo governo chileno, por causa da queda de barreira na região de Villa Santa Lucia, que estava interditada, não permitindo seguir pela estrada. O horário do embarque seria após 20 horas. Então, tivemos o tempo suficiente para jantar nesta cidade, com outros motociclistas que conhecemos em Hornopirén.
Havia os horários da madrugada e do dia. Optamos pela madrugada para, tentar dormir durante a travessia e continuar a viagem pela manhã, assim que nos desembarcássemos.
Dia 13- Coyhaique, CL
Foi o dia mais longo e cansativo, por ter passado a noite toda no barco. A travessia de balsa de Chaitén a Puerto Raúl Marin Balmaceda foi durante a madrugada, durando aproximadamente 8 horas. Seguindo a dica de um motociclista que estava voltando, no sentido Puerto Montt, embarcamos logo, para dormir com a perna esticada em alguns bons bancos estofados, que balsa tinha.
A dica foi preciosa, porque teríamos mais um dia de muitos quilômetros de rípio!
O dia estava clareando quando desembarcamos em Puerto Raúl Marin Balmaceda. Depois desta, neste trecho do desvio pegamos ainda mais DUAS travessias de balsa, que duraram entre 30 a 40 minutos cada. Havia também o tempo de espera, e filas para cada barco. Mas as motos, felizmente, tinham preferência e embarcavam antes dos carros.
Uma travessia foi sobre um afluente do Rio Palena, outra sobre o próprio rio. O tempo todo, só víamos mato ao redor, pilotando também por um trecho que ladeava O Rio Palena. Uma vista espetacular, que nos “obrigou” a parar para tirar algumas fotos. Finalmente, chegamos na Ruta 7, na região de La Junta, onde pegamos um pequeno trecho de estrada pavimentada.
Mas a “alegria do asfalto” durou pouco. Logo depois de La Junta, pegamos mais um trecho de rípio e mais uma travessia de balsa, pelo fiorde Puyuhuape, logo depois da cidade de Puyuhuape, por causa dos trechos em reforma, e seguimos a estrada sem pavimentação, até próximo a Puerto Cisnes. De lá, até Coyhaique, pudemos curtir novamente um pouco de asfalto.
Obs:
– Este ano (2019), ouvi dizer que a passagem pela Ruta na região da Villa Santa Lucia está normalizada.
– No trecho Puerto Marin Balmaceda a La Junta, além do rípio, pegamos uns 100 ou 200 metros de terra fofa, que andei BEM DEVAGAR, para não cair no AREIÃO (não era “areinha”), quebrar alguma peça de moto e estragar a viagem. Mas antes, ficamos uns 10 minutos esperando um caminhão jogar um monte de areia e um trator aplainar, deixando bem fofo. Enquanto esperava, eu perguntei, indignada, ao operário:
– Por que fazer isso? Para que? É para nos foder??
– ele me respondeu uma frase que define o que é essa aventura: – ACÁ ÉS CARRETERA, MUJER! SE FOSSE TODO PERFECTO, NO SERIA LA CARRETERA AUSTRAL! – e deu uma risadinha….. rsrs.
Dia 14- Puerto Rio Tranquilo, CL
Mais um dia de surpresa. Deu para perceber porque a Carretera Austral é tão famosa entre aventureiros, que amam EMOÇÃO.
Saímos da cidade de Coyhaique, felizes por seguir mais uma etapa dessa viagem maravilhosa, com paisagem a espetacular dessa região tão remota. Mas como dizem os experientes: “Carretera Autral é sempre uma surpresa”. Depois de um trecho lindo sobre uns 100 km de asfalto bom, e um suspiro atrás de cada curva, chegamos à cidade de Villa Cerro Castillo.
Assim que saímos em direção a Puerto Rio Tranquilo, numa descida após uma curva, que desespero! Tinham acabado de jogar pedras e mais pedras sobre esta via. Ficamos desesperados, porque sabíamos que eram mais uns 100 km até chegar a Puerto Rio Tranquilo. Paramos as motos, aproveitei para tirar algumas fotos, e resolvemos parar um ciclista que estava vindo no sentido contrário, para perguntar como estava mais para baixo. Ele falou que teríamos mais uns 20 km de trecho ruim e depois o ripio ficaria bom. O desespero foi de “apenas” 15 km. Depois, a estrada foi, aos poucos, melhorando.
Obs: Em 2019 este trecho de 15 km foi asfaltado.
Chegando em Puerto Rio tranquilo, depois de encontrar um hostel para pernoitar, fomos fazer um passeio de barco no belíssimo Lago General Carrera. Com sua cor azul turquesa, é o lago mais profundo da América do Sul, onde ficam as famosas e sensacionais “Capelas de Mármore” ou “Capillas de Mármol”, lindas formações rochosas moldadas pela ação constante das águas.
Dia 15- Cochrane, CL
Foi o trajeto mais brando de toda a Carretera. A estrada de chão batido tornava fácil conduzir a moto, e não teve trecho de rípio ruim. Não fez muito frio neste dia, provavelmente porque o sol estava radiante.
Quando chegamos a cidade de Cochrane, encontramos dois chilenos que estavam retornando. Inclusive, um deles nos conduziu ao hostel em que passaram a noite, e confidenciou ao Oscar que a -“ Villa O´higgens é minúscula e não tem absolutamente nada, nada que valha a pena correr o risco para chegar ao fim da Carretera, que a estrada é perigosa e que por duas vezes os caminhões encostaram no ombro dele, porque a estrada é estreita em determinado pedaço e os carros vem com tudo em cima.”
Naquela noite, Oscar decidiu não seguir a viagem. Eu, como queria MUITO chegar até o final da estrada, fiquei bem chateada e triste por decidir interromper.
Mas no dia seguinte, na saída da cidade, percebi que ele foi no sentido da Villa O´Higgins, sem me falar nada ele decidiu seguir, já que faltava tão pouco. – Que alegria!
Dias 16 e 17- Villa O´Higgins, CL
Chegando a Villa O´Higgins, teríamos que voltar pelo mesmo caminho, de rípio. Nosso plano inicial seria voltar até algum porto, provavelmente Puerto Chacabuco ou Puerto Cisne, para retornar pela Ilha Chiloé. Ou talvez, desviar para Chile Chico e seguir para Argentina pelo Perito Moreno.
Como sabíamos que voltaríamos pelo mesmo caminho, decidimos passar na Caleta Tortel na volta. Caleta Tortel é uma cidade sem ruas. Na verdade, as ruas são as passarelas sobre as águas, que ligam as casas dos vilarejos. Nesta época tem muitos turistas do mundo todo querendo conhecer esta região tão remota e estávamos decidindo se só passaríamos para conhecer, ou se iríamos nos hospedar na cidade. Isso iria depender de haver hospedagem disponível, ou não.
Até Puerto Yungay, a estrada foi tranquila. Chegando lá, encontramos 3 motociclistas brasileiros que tínhamos conhecido no trecho entre Hornopirén e Chaitén. Eles já estavam retornando, e também comentaram que acharam tenso este último trecho.
Atravessamos a última balsa da Carretera, em Puerto Yungay, e partimos. Realmente, havia trechos que eram tão estreitos que, por várias vezes, tivemos que andar no canto irregular da estrada. Quando deparávamos com os automóveis e tínhamos que parar no canto inclinado da pista, para não esbarrarem em nós, me desculpem o termo, mas confesso que tive “cagaço”.
O pneu da minha BMW furou faltando alguns quilômetros do destino. Por sorte, foi esvaziando aos poucos e conseguimos chegar ao posto de gasolina, já na cidade de Villa O´Higgins. Em O´Higgins, consertei o pneu com o “macarrão”, e acredito que foi muito bem realizado, porque aguentou até Porto Alegre, quando troquei, já na volta.
O vilarejo de Villa O’Higgins, é muito pequeno. A cidade ainda é jovem, foi fundada em 1966 e sobrevive do ecoturismo, que atrai pessoas de todos os cantos do mundo, que vêm de carro, moto, bicicleta e até de carona. Nos hospedamos nas cabanas do Hostel El Mosco, que tem também quartos e até acampamento, para quem preferir. O estacionamento é muito amplo, mas a internet era muito lenta e ruim, assim como outras cidades da Carretera.
No dia seguinte, o tempo mudou e começou a chover. Mas quando diminuiu, fomos até o final da Carretera para tirar a desejada foto na placa que marcava “Bienvenido al Lago O´Higgins. Fim del Camino de Carretera Austral 1.247 Km”.
Ficamos sabendo de um barco da empresa TRANSBORDADORA AUSTRAL BROOM, que partia de Puerto Yungay a Puerto Natales, somente aos sábados, durante o verão. Procuramos pela internet e decidimos desviar a nossa rota, para evitarmos pegar novamente quilômetros e quilômetros de rípio. Dessa forma, o retorno seria pela Ruta 40 (que já tínhamos feito em 2015, indo para Ushuaia)
A saída seria às 20 h do sábado. Tivemos sorte de ser no dia que iríamos retornar, porque esta embarcação partia apenas uma vez por semana. Se não fosse, provavelmente iríamos voltar pela estrada.
Dias 18, 19 e 20 – Transbordadora Austral Broom ( Travessia entre Puerto Yungay a Puerto Natales), CL
Para voltar, estava chovendo. Convenci meu companheiro, Oscar, a sair bem cedo, de manhã, antes que a primeira balsa atracasse no porto. Assim, não pegaríamos o tráfego oposto de carros e caminhões que desembarcavam do porto. Ficamos o dia esperando em Puerto Yungay até as 20:00 horas, que foi hora de embarcar. Para nos deixar entediados, o único barzinho no porto estava fechado. A passagem do barco, pagamos pela internet. No porto, antes de embarcar, pagamos ao oficial da empresa o valor da carga, que variava de acordo com o tamanho do veículo.
A viagem de barco a Puerto Natales durou 44 horas. NÃO TINHA INTERNET, mas o barco oferecia chuveiros e refeições (café da manhã, almoço e a janta. Era proibida bebida alcoólica). A acomodação era uma poltrona reclinável, que tinha um cobertor. Para minha alegria, a poltrona ficava perto de uma pequena lanchonete, que oferecia café espresso “pago”.
Após 1 hora e meia navegando, paramos em Caleta Tortel, apenas para embarcarem os turistas que estavam a pé e de bicicleta. No dia seguinte, fizemos outra parada em Puerto Éden, na Ilha Wellington. Desta vez, descemos e conhecemos a pequena vila, que também tem “ruas” de passarelas.
Muito linda a paisagem durante o trajeto do barco, navegando entre os fiordes da Patagônia Chilena. À medida que descíamos mais para o sul do continente, o frio aumentava consideravelmente. Foi uma experiência única, o tempo passou rápido enquanto observávamos a deslumbrante paisagem.
Pisamos finalmente em terra firme, e ainda deu tempo de passear pela bela cidade de Puerto Natales.
Dia 21- Puerto Natales, CL
Em Puerto Natales, tiramos o dia para conhecer a Torre del Paine, passeio que não tínhamos realizado em 2015, quando fomos a Ushuaia.
Neste dia, encontramos um grupo de 9 ou 10 motociclistas brasileiros no posto, que disseram que 3 dos amigos tinham caído na estrada, por causa do vento. No hostel onde ficamos, encontramos um outro grupo, que também comentou sobre a intensidade do vento.
Resolvemos sair bem cedo no dia seguinte, porque ouvimos falar que no período da manhã o vento costumava ser um pouco mais brando.
Dia 22- Tres Lagos, AR
Saímos as 7:30h do hostel, chegamos no Paso para o trâmite e seguimos a viagem sem vento até a Esperanza. Quando pegamos a Ruta 40, em direção ao El Calafate, já passava das 10 horas da manhã, e o vento ficou muito forte.
Chegamos em El Calafate para tomar um cafezinho e abastecer, porque não haveria posto de gasolina em todo trajeto até Tres lagos, e ficamos sabendo de mais acidentes ocorridos. Inclusive, um deles foi com um brasileiro, que desceu do Nordeste sozinho para Ushuaia e estava retornando, quando o vento o derrubou. No dia seguinte, por coincidência, o encontramos em Gobernador Gregores (por sorte houve apenas pequenas avarias na moto e ele só teve uns hematomas), carregando a moto na carreta. A ideia dele era carregar a moto até o Perito Moreno, onde diminui muito a intensidade do vento, e de lá retornar até o Nordeste, conduzindo a motocicleta.
Dia 23- Perito Moreno, AR
Neste dia, também decidimos sair bem cedo, desta vez antes de clarear. Logo no início, seriam 70 km de rípio e fiquei preocupada em pegar uma estrada não pavimentada com vento forte. Pela minha estratégia ter dado certo, ou por pura sorte, não pegamos muito vento. Depois, conversando com um morador da região, ouvimos que este trecho é abrigado entre montanhas, que o protegem do vento forte. Será?… Quando andei por essa estrada, em 2015, indo para Ushuaia, não tive problema com o vento em todo trajeto da Ruta 40, desde Junin de Los Andes até El Calafate.
Antes de parar no posto de abastecimento, em Gobernador Gregores, começou um vento muitíssimo forte, de chegar a chacoalhar o teto do posto , fazendo o maior barulhão e arrastando tudo que era leve. Esperamos neste posto por algum tempo, mas como não diminuía, resolvemos seguir assim mesmo. Acho que o trecho até Bajo Caracoles foi o pior vento que já peguei.
Em Bajo Caracoles, não tinha gasolina no posto. Mas conseguimos comprar no paralelo e seguimos para Perito Moreno onde pernoitamos.
Dia 24- Esquel, AR
Neste dia pegamos uma fila imensa no posto de abastecimento na cidade de Rio Mayo.
A estrada entre Perito Moreno e Esquel não pegamos vento forte, mas havia alguns buracos (daqueles que causam estragos) pela estrada.
Dia 25- San Carlos de Bariloche, AR
Saindo de Esquel, o plano era rodar até Neuquén. À medida que eu ia me aproximando de SC de Bariloche, lembrei do passeio que realizei em 2013. Foi nossa primeira viagem de moto para Argentina e Chile.
Enquanto eu pilotava, perguntava para mim mesma:
Será que voltarei de moto para esta região novamente? Como será o amanhã? Terei saúde suficiente para realizar? Será que aquele restaurante de parrilla ainda existe? E o carancho que alimentamos com pedaços de carne, no mirante do lago Nahuel Huapi ainda estará sobrevoando por lá? E o Circuito Chico, a estrada estará linda e gostosa para andar de moto?
Então falei com Oscar e perguntei se poderíamos ficar uma noite pelo menos, porque como ainda era cedo, teríamos o tempo suficiente para realizarmos o passeio de moto pelo circuito Chico.
Ficamos e tive as respostas…
– A estrada continua linda e maravilhosa…
– O carancho não estava por lá…
– O restaurante ainda existe e a carne continua saborosa…
E eu parti com uma sensação boa, de ter obtido respostas… mesmo que seja coisa boba…, mas que significou e ficou na lembrança…
Dia 24- 25- Villa Regina, AR – Trenque Lauquen, AR
Foi apenas deslocamento. A intenção inicial era seguir para Rosário, no sentido do Brasil. Mas como estava muito quente, e sabíamos que iria esquentar mais ainda, resolvemos desviar a rota para Buenos Aires, onde aproveitaríamos a gastronomia da cidade que tanto amamos.
Neste trecho entre Villa Regina e Trenque Lauquen, acabamos pegando uma estrada de asfalto péssimo.
Dia 26- 27- Buenos Aires, AR
Ficamos duas noites em Buenos Aires. Não canso de passar por esta cidade, que tanto gostamos, nestas viagens de moto.
Dia 28- Uruguaiana, BR
NUNCA recomendo esta passagem de fronteira Paso de Los Libres e Uruguaiana, porque o trâmite é sempre muito demorado, por causa da fila enorme. Mas entramos por lá, porque decidimos desviar e passar em Porto Alegre, para trocar o pneu da minha motocicleta e depois aproveitar para passar uma noite em Itajaí.
Dia 29- Porto Alegre, BR
O reparo com o “macarrão”, que realizei em Villa O’Higgins foi perfeito. Tinha andado sem vazamento até aquele momento, mas, por SEGURANÇA fiz a troca. Na Regis Bitencourt poderia estar chovendo e ter óleo na pista.
Dia 30- Itajaí, BR
O desvio de trajeto para Buenos Aires acabou dando certo, porque não sentimos tanto calor. Fechamos com chave de ouro nossa viagem, parando em Itajaí, uma cidade que adoramos também. Sempre que passamos por lá, ficamos uma noite, pelo menos, para passar por ótimos restaurantes da cidade.
Dia 31- São Paulo, BR
Chegamos, felizes por concluir mais um desafio sobre duas rodas.
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voice and data over a single copper line. Integrated T1
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ADOREI ESSE RELATO, JA FIZ A CARRETEIRA AUTRAL FEV/19, E A FAREI NOVAMENTE EM JAN/21. E A FAREI SEGUINDO SUA “DICA” E EMBARCAREI EM Puerto Natales PARA YUNGAY. GOSTARIA DE SABER O CUSTO DESSE TRECHO EIS QUE VOU COM A ESPOSA, FILHA E UM NETO E ESTAREI DE CAMINHONETE E MINHA MOTO. TEN HO 70 ANOS, JA FIZ PERU, BOLÍVIA, CHILE E ARGENTINA ALGUMAS VEZES, MAS “SOLO”. PARABÉNS PELA VIAGEM DE VOCÊS E PELO BEM ELABORADO RELATO. ABRAÇOS. WASHINGTON PEIXOTO COURA – CEL. 9-8771.5959
Ferry de Puerto Yungay a Puerto Natales.
– Saímos às 20:00 no sábado, teve uma parada em Caleta Tortel, somente para embarque de passageiros.
– No dia seguinte paramos em Puerto Eden e descemos para conhecer o vilarejo ( eu já conhecia na viagem realizada em 2018)
– pagamos a passagem com cartão: 128.450 pesos chilenos, cada passageiro.
– e a moto, pagamos 25.690 pesos (em dinheiro) cada uma. Eles cobram de acordo com o tamanho do veículo.
– chegamos na segunda feira em Puerto Natales as 16:30.
– pagamos a passagem com cartão: 128.450 pesos chilenos, cada passageiro.
– e a moto, pagamos 25.690 pesos (em dinheiro) cada uma. Eles cobram de acordo com o tamanho do veículo.
Washington, vale lembrar que o banheiro é comunitário, acredito que tenha uns 6 ou 8 box de chuveiro no total. É bom levar toalhas e chinelos de borracha ( neste caso para não ficar descalço no banho)
FAREI A C. AUSTRAL EM JAN/21. E A FAREI SEGUINDO SUA “DICA” E EMBARCAREI EM Puerto Natales PARA YUNGAY. GOSTARIA DE SABER O CUSTO DESSE TRECHO EIS QUE VOU COM A ESPOSA, FILHA E UM NETO E ESTAREI DE CAMINHONETE E MINHA MOTO. MAIS UMA VEZ, PARABÉNS PELA VIAGEM DE VOCÊS E PELO BEM ELABORADO RELATO. ABRAÇOS.
Achei excelente a sua narrativa; concisa, porém com todas as informações necessárias. Parabéns!!
Obrigada Jadiel
Espero ter sido útil e tem um outro post relacionada a Carretera Austral. Dicas de viagem para Carretera Austral